As pessoas que mais admiro são aquelas que divergem da minha
pessoa. Claro está, só se diverge de outrem dentro do que nos é comum. Porque
há quem nada tenha de comum connosco, nem sequer a própria existência e a mesma
humanidade. E não esqueçamos que o espaço e o tempo são aparências por nós fabricadas para dar passo
ao espírito e não lenha para nos queimarmos. Ao mesmo tempo e no mesmo espaço
podem juntar-se as pessoas mais alheias entre si e como não acontece na História
em tempos e espaços diferentes.
Prefácio do livro "Um homem de
barbas"