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By J. Riley Stwart
domingo, 23 de fevereiro de 2020
domingo, 26 de janeiro de 2020
As pessoas que mais admiro são aquelas que divergem da minha
pessoa. Claro está, só se diverge de outrem dentro do que nos é comum. Porque
há quem nada tenha de comum connosco, nem sequer a própria existência e a mesma
humanidade. E não esqueçamos que o espaço e o tempo são aparências por nós fabricadas para dar passo
ao espírito e não lenha para nos queimarmos. Ao mesmo tempo e no mesmo espaço
podem juntar-se as pessoas mais alheias entre si e como não acontece na História
em tempos e espaços diferentes.
Prefácio do livro "Um homem de
barbas"
sábado, 18 de janeiro de 2020
Nenhum dos livros que haveriam de tornar célebre Nikolai Nikolaievitch fora ainda escrito. Mas as suas ideias já tinham tomado forma. Mal sabia ele quão próxima estava a sua hora.
Não tardaria que se revelasse na imprensa da época, entre os universitários e os filósofos da revolução, este homem que meditava sobre os mesmos problemas que ocupavam os que, tirando a terminologia, nada tinham de comum com ele. Todos eles se contentavam com um dogma, com as frases e com as aparências. Porém, Nikolai era padre, influenciado pelo tolstoismo e pelas ideias revolucionárias, e ia sempre mais além. Tinha em mira um pensamento concreto e inspirado, capaz de tornar o mundo melhor e de forma evidente, mesmo para uma criança ou um ignorante, tal como é evidente o clarão de um relâmpago e o ribombar de um trovão. Qualquer coisa de novo.
Doutor Jivago
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Sob a sua forma elementar, o sagrado representa pois, acima de tudo, uma energia perigosa, incompreensível, arduamente manejável, eminentemente eficaz. Para quem decida recorrer a ela, o problema consiste em captá-la e utilizá-la da melhor maneira para os seus interesses, sem esquecer de se proteger dos riscos.
O homem e o sagrado
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
Voltando-nos para o norte, temos em frente a silhueta
pardacenta do monte «Graciosa», sem uma casa e sem uma árvore. Interrompe
subitamente, não muito longe do mar, traça uma diagonal na atmosfera parabólica
e prossegue e prossegue horizontalmente com um cansado do primeiro esforço que
fizeram para a conquista do espaço.
Tarrafal, aldeia da morte
O diário da B5
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
terça-feira, 26 de novembro de 2019
Colin acabava de se vestir. Ao sair do banho enrolara-se
numa ampla toalha de tecido felpudo, que apenas deixava à mostra as pernas e o
tronco. Tirou o pulverizador da prateleira de vidro e pulverizou com óleo
fluído e odorante os seus cabelos claros. O pente de ambas repartiu a cabeleira
sedosa em compridos fios cor-de-laranja, semelhante aos sulcos que o jornaleiro
brincalhão traça com o garfo na compota de damascos.
A espuma dos dias
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
domingo, 24 de novembro de 2019
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